Na floresta do corpo, cada gesto é uma semente de transformação.

Corpo Floresta: A Arte de Conectar e Expandir com o Método Feldenkrais

O conceito de Corpo Floresta reflete a ideia de um corpo que é capaz de se adaptar, crescer e estabelecer novas conexões, assim como uma floresta rica em biodiversidade, onde cada árvore, planta e criatura interage e contribui para um ecossistema dinâmico e em constante evolução. Em oposição a isso, um corpo monocultura é limitado aos seus padrões repetitivos, rigidamente estabelecidos, que muitas vezes se tornam obstáculos para o movimento livre e a flexibilidade.

No contexto do Método Feldenkrais, o Corpo Floresta pode ser visto como a busca pela liberdade de movimento e pela consciência corporal expandida. Assim como uma floresta, o corpo humano possui um sistema nervoso com uma capacidade incrível de criar novas conexões e alternativas. O Método Feldenkrais propõe, através de movimentos suaves e conscientes, ajudar o indivíduo a explorar essas possibilidades, desafiando os hábitos e padrões automáticos que muitas vezes criam bloqueios no corpo e na mente.

Feldenkrais acreditava que o aprendizado do movimento não é apenas uma questão de execução mecânica, mas um processo de reorganização neurológica. Ao percebermos e experimentarmos novas maneiras de mover o corpo, abrimos espaço para a formação de novas conexões neurais, ampliando a gama de possibilidades motoras e sensoriais. Esse processo é análogo ao crescimento de uma floresta, onde cada árvore, folha e raiz representa uma nova possibilidade de movimento e conexão que, juntas, formam um sistema integrado e fluido.

O Corpo Floresta não está restrito aos velhos caminhos. Ele é multifacetado, capaz de explorar diferentes formas de movimento, posturas e comportamentos, com uma flexibilidade que permite ao indivíduo adaptar-se a diferentes situações da vida. O Método Feldenkrais, com sua abordagem centrada na exploração do movimento e na consciência corporal, é a ferramenta que facilita essa transformação. Ao desafiar os padrões automáticos e permitir que o corpo explore novas possibilidades, o método ajuda a “desencadear” a floresta interior de cada um, proporcionando maior liberdade, eficiência e prazer ao se mover.

Em uma visão mais profunda, o Corpo Floresta, cultivado através do Método Feldenkrais, é um corpo que se permite crescer, mudar e se renovar. Assim como uma floresta, que nunca é estática, mas sempre está em evolução, o corpo que pratica o Método Feldenkrais também está em um processo contínuo de aprendizado e reconfiguração, onde as limitações anteriores dão lugar à descoberta de novas possibilidades e à expansão da consciência.

Este é um corpo vivo, em constante transformação, onde o potencial humano é explorado em sua totalidade, e cada movimento se torna uma oportunidade para a descoberta de novas formas de ser e de viver. O Corpo Floresta, assim como o Método Feldenkrais, nos lembra que a verdadeira liberdade e crescimento vêm da capacidade de explorar, aprender e nos reconectar com a natureza fluida e infinita de nosso corpo.

Conheça o Fabiano

Meu nome é Fabiano Gonçalves, sou o idealizador e realizador do Corpo Floresta, e completamente entusiasmado com as possibilidades de integração e resgate da corporeidade que se fazem com as práticas do Método Feldenkrais.

Minha pesquisa no campo do movimento, da arte e da consciência corporal se desdobra em diferentes caminhos: o Método Feldenkrais, a tensegridade aplicada ao movimento e abordagens somáticas que revelam a profunda relação entre corpo, mente e espaço.

Sou Educador Feldenkrais, formado pela International Feldenkrais Federation (IFF) e pela Formação Feldenkrais Teiativa. Desde 2016, conduzo práticas de grupo, explorando formas de ampliar a percepção, o equilíbrio e a expressão corporal. Atuei no Núcleo Feldenkrais entre 2018 e 2022, colaborando na formação profissional, em programas regulares e workshops.

Minha busca pelo entendimento do corpo vivo me levou a aprofundar estudos em abordagens somáticas complementares. Sou terapeuta somático, formado pelo programa Diálogos Formativos, baseado no pensamento de Stanley Keleman, e também Educador Tântrico, pela Escola Aos Caminhos.

Desde 2014, desenvolvo um trabalho artístico inspirado na tensegridade, criando esculturas e investigações estruturais que refletem a interconectividade do corpo e do espaço. Os Vagolumes se desdobram na intersecção entre arte e movimento, trazendo novas perspectivas sobre equilíbrio, tensão, sustentação e formas orgânicas.

Como uma floresta, seu corpo pode crescer e se renovar. Cultive essa transformação agora!